Colóquio Etnologia Indígena no Brasil Meridional
Programação:
Primeiro dia
Mesa 01 – Histórias e Territorialidades Indígenas – 9h
As histórias dos indígenas do sul do Brasil, da mesma forma que da grande maioria dos coletivos indígenas de toda a América, são marcadas por períodos de dizimação populacional e enormes perdas territoriais decorrentes de conflitos extremamente violentos relacionados às conquistas do Estado e ao contato com a sociedade nacional. Nesta mesa, propõe-se que os expositores e debatedora reflitam sobre eventos históricos – anteriores e posteriores ao contato com os “brancos”- particulares aos grupos indígenas Kaingang, Xokleng, Xetá e Guarani, relacionando-os às lutas territoriais e resistências indígenas passadas e contemporâneas. Propõe-se também que sejam trazidas questões comparativas com outros contextos indígenas, para além da região etnográfica do Brasil meridional.
Paulo Roberto Homem de Góes (PPGA/UFPR)
Rafael Pacheco (PPGA/UFPR)
Debatedora:
Marta Amoroso (CEsta/ USP)
Mesa 02 – Xamanismos e Converões – 14h
As relações indígenas no Brasil Meridional com projetos missionários e de conversão religiosa, desde os momentos iniciais do contato até os dias atuais, produziram múltiplos efeitos nas formas de gestão da vida coletiva e na organização social entre os indígenas. A expectativa do debate para esta mesa é trazer para a reflexão descrições a respeito dos modos como os coletivos agenciam sentidos, traduções, práticas e transformações oriundas das aproximações indígenas e das críticas xamânicas diante destas experiências religiosas.
Adriana Belino (PPGAS/UFSC) – pesquisadora kaingang
Izaque João (PPGH/UFGD) – pesquisador kaiowá
Debatedor: Oscar Calavia Saéz (PPGAS/UFSC)
18: 00 Exibição do filme Monocultura da Fé. Realização Joana Moncau, Gabriela Moncau, Izaque João e Spensy Pimentel
Segundo dia
Mesa 03 – Relações de Gênero e Formas Expressivas – 9h
Nos últimos anos a etnologia indígena tem produzido diversas críticas sobre dicotomias como “natureza e cultura” e suas implicações para questões que correlacionam o domínio público às relações entre homens e o domínio doméstico às relações entre mulheres. Esta mesa se propõe a contribuir para a ampliação das abordagens e reflexões das relações de gênero para além destas cristalizações. Formas expressivas da linguagem, assim como a ação política de mulheres indígenas são elementos de crítica etnográfica a estes divisores.
Joziléia D.. Jagso Jacodsen (LII/UFSC) – pesquisadora kaingang
Marcos Moreira (PPGE/UDESC) – pesquisador mbyá
Debatedora:
Juliana Salles Machado (PPGH/UFSC)
Mesa 04 – Políticas Indígenas – 14h
Esta mesa será um espaço onde pesquisadores indígenas irão fazer política por meio de suas falas. Propõe-se que, a partir de suas trajetórias no Brasil Meridional, sejam debatidos temas como construções e desconstruções de pessoas e coletivos, lutas territoriais, conflitos ambientais, políticas públicas e atuações nos movimentos indígenas.
Ana Patte (PPGAS/UFSC) – pesquisadora laklãnõ
Davi Timóteo (PPGAS/UFSC) – pesquisador mbyá
Debatedor:
José Kelly (PPGAS/UFSC)
Comentários de Encerramento: Antonella Tassinari (PPGAS/UFSC)
Apoio
PPGAS/UFSC
INCT Brasil Plural
Coordenadoria do Curso de Graduação em Antropologia