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Exibição do filme “O Dono do Carnaval”

24/04/2012 22:04

O Gesto – Grupo de Estudos em Oralidade e Performance convida para o primeiro encontro da série de conversas sobre os “Corpos em Cena”.

 

Nesta sexta-feira, dia 27/04/2012, às 10hs, na Sala 111, Bl D, Departamento de Antropologia, CFH, exibiremos o filme

 

O Dono do Carnaval
Roteiro, direção e produção:
Maria de Lourdes Scabine Lezo
Taiaçu – São Paulo

O filme é parte da Série “Revelando os Brasis” (Ano III).  Segundo seus idealizadores “O Projeto Revelando os Brasis tem por objetivo geral promover a inclusão e a formação audiovisuais através do estímulo à produção de vídeos digitais. Dirigido a moradores de municípios com até 20 mil habitantes, o projeto contribui para a formação de receptores críticos e para a produção de obras que registrem a memória e a diversidade cultural do país, revelando novos olhares sobre o Brasil.” ( http://www.revelandoosbrasis.com.br/)

NOTA PÚBLICA DA ABA

17/04/2012 21:02

Informativo especial n° 008/2012  |  17/04/2012

NOTA PÚBLICA

Nesta quarta-feira, 18/04, o Supremo Tribunal Federal deve analisar Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) impetrada pelo partido Democratas (DEM) contra o Decreto 4.887/2003 da Presidência da República, que regulamenta o processo de delimitação e titulação de terras de quilombo no Brasil. A Associação Brasileira de Antropologia, sociedade científica com mais de 50 anos de existência e reconhecimento regional e internacional, considera este tema de grande relevância para a sociedade brasileira e, nesse sentido, vem a público externar sua preocupação com a pouca repercussão que o fato tem ganhado nos meios de comunicação. O decreto 4.887 é um marco fundamental na implantação de políticas de valorização e reconhecimento da diversidade cultural brasileira, e sua discussão deve merecer um espaço ampliado de reflexão.

A argüição contrária ao decreto 4.887 baseia-se em argumentos de ordem jurídica e em considerações sociais mais gerais. Entendemos que parte de tais argumentos certamente será contraditada pelas instâncias competentes durante a discussão no STF. Contudo, por entender equivocadas as considerações mais gerais da ADIn, a ABA não pode se furtar a alertar o público em geral para os graves prejuízos que tais considerações podem trazer para uma sociedade que se quer plural e culturalmente diferenciada.

Em sua argumentação contrária ao decreto 4.887, o DEM sustenta a inconstitucionalidade do emprego do critério de auto-atribuição, estabelecido no art. 2º, caput e § 1º do citado decreto, para identificação dos remanescentes de quilombos, bem como questiona a caracterização das terras quilombolas como aquelas utilizadas para “reprodução física, social, econômica e cultural do grupo étnico” (art. 2º, § 2º do Decreto 4.887/03) – conceito considerado excessivamente amplo – assim como o emprego de “critérios de territorialidade indicados pelos remanescentes das comunidades de quilombos” para medição e demarcação destas terras (art. 2º, § 3º), pois isto sujeitaria o procedimento administrativo aos indicativos fornecidos pelos próprios interessados.

A tal respeito a ABA tem a esclarecer que o processo de identificação e titulação que se faz ao abrigo do decreto 4.887 prevê a elaboração de um detalhado relatório antropológico que deve contemplar mais de trinta itens, incluindo fundamentação teórica e metodológica, histórico de ocupação das terras, análise documental com levantamento da situação fundiária e cadeia dominial, histórico regional e sua relação com a comunidade. Inclui, ainda, a identificação de modos de organização social e econômica que demonstrem ser imprescindível a demarcação das terras para a manutenção e reprodução social, física e cultural do grupo. Além disso, o processo prevê a contestação administrativa por parte de quem se sentir lesado, sem prejuízo de recursos judiciais cabíveis.

As fundamentações legais para tanto já não são poucas, indo desde uma instrução normativa do INCRA, passando pelo Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010, em particular em seu artigo 34), recentemente aprovado pelo Congresso Nacional, chegando até a convenções internacionais das quais o Brasil é signatário, como a Convenção 169 da OIT, sancionada por nosso Parlamento e que prevê, explicitamente, o critério da auto-identificação, tudo isso ao abrigo do artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, de nossa Constituição Federal.

Lembramos ainda que conceitos como os de identidade, cultura e grupo étnico têm uma longa trajetória dentro da antropologia como disciplina científica. Há mais de cinqüenta anos, pesquisadores reconhecidos no mundo todo têm afirmado que a identidade cultural não se herda pelo sangue, mas se constrói por modos de vida que são históricos, dinâmicos e complexos. No caso de nossa história recente, a categoria Quilombo é um bom exemplo disso. Criada no período colonial para denominar agrupamentos de escravos fugidos, em fins do século XX ela passa a significar outra realidade. O termo “remanescente de quilombo”, que designa uma pessoa jurídica para fins de atribuição de direitos territoriais, juntamente com os demais dispositivos legais que garantem aos diversos grupos formadores da sociedade nacional preservar os seus “modos de fazer, criar e viver” (art.216 da Constituição Federal), é usado na formação das associações comunitárias para reivindicar direitos de cidadania explicitamente previstos pela Constituição Federal.

Em cumprimento a convênio entre a ABA e o Ministério Público Federal, encaminhamos à Procuradoria Geral da República parecer técnico elaborado por nosso Grupo de Trabalho (GT-Quilombos) em que apresentamos em detalhes os fundamentos que nos levam a considerar o decreto 4.887 uma conquista imprescindível para a consolidação da democracia brasileira.

No sentido de contribuir para o debate, disponibilizamos em nosso portal (www.abant.org.br) o parecer técnico bem como outro textos produzidos por especialistas e grupos de pesquisa de renomadas Universidades brasileiras que apresentam fundamentos teóricos pela validade do decreto.

Consideramos, por fim, que a decisão a ser tomada pelo Pleno do STF terá sérias implicações para a efetivação do preceito constitucional de valorização e respeito aos direitos culturais no Brasil e, como tal, pediria uma discussão mais ampla do tema, preferivelmente com a realização de audiências públicas que, em casos recentes no próprio Supremo, têm se mostrado ferramenta fundamental para o amadurecimento das decisões tomadas pela instância máxima de nosso Judiciário.

Leia aqui outros documentos relativos à importância da manutenção do decreto 4.887.

Bela Feldman-Bianco
Presidente da ABA

Associação Brasileira de Antropologia
Gestão Desafios Antropológicos (2011-2012)

Presidente Bela Feldman-Bianco (Unicamp)
Vice-Presidente Luiz Fernando Dias Duarte (Museu Nacional/UFRJ)
Secretário Geral Daniel Schroeter Simião (UnB)
Tesoureira Geral Cynthia Andersen Sarti (UNIFESP)
Tesoureiro Adjunto Guilherme José da Silva e Sá (UnB)

Diretores
Andrea Zhouri (UFMG)
Carmen Silvia Rial (UFSC)
Gilton Mendes dos Santos (UFAM)
Henyo Trindade Barretto Filho (IEB)

Informativo ABA
Ediçao: Daniel S. Simião / Carine Lemos
Diagramação: Roberto Pinheiro

Universidade de Brasília
Campus Universitário Darcy Ribeiro – Asa Norte
Prédio Multiuso II (Instituto de Ciências Sociais) – Térreo – Sala BT-61/8
Brasília/DF Cep: 70910-900
Tel/Fax:  (61) 3307-3754

Para correspondência:
Caixa Postal 04491
70.904-970
Brasília, DF

Defesa de Dissertação

09/03/2012 13:04

Pântanos de Relações e Colchões de Cumplicidade:

Academia e Conjugalidade na Perspectiva de Quatro Mulheres Intelectuais

 

Mestranda: Fernanda Azeredo e Moraes

Banca Examinadora:

Profa. Dra. Miriam Pillar Grossi (UFSC-orientadora)

Profª. Drª. Candice Vidal e Souza   (PUC/MG)

Profª. Drª. Ilka Boaventura Leite   (PPGAS/UFSC)

Profª. Drª. Maria Regina Azevedo Lisbôa (PPGAS/UFSC)

Profª. Drª. Mariza Correa (UNICAMP – Suplente)

Prof. Dr. Rafael Victorino Devos  (PPGAS/UFSC-suplente)

Dia: 27/03/2012 (terça-feira)

Horário: 14h30min

Local:  Mini Auditório CFH/UFSC

Patrimonialização e as políticas de publicação. A Coleção ‘Narradores Indígenas do Rio Negro’

05/03/2012 13:52


O PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL convida:

Aula inaugural 2012

“Patrimonialização e as políticas de publicação. A Coleção ‘Narradores Indígenas do Rio Negro’ “

com

Stephen Hugh-Jones, Universidade de Cambridge, Inglaterra

 

Dia : 12/03/2012

Horário: 18:30

Local: Auditório Henrique Fontes no CCE ( Centro de Comunicação e Expressão , em frente a reitoria)

Compreensões antropológicas sobre conhecimentos Guarani e vice-versa

21/11/2011 20:31

Ilha de Santa Catarina
23 a 25 de novembro e 05 de dezembro de 2011
Local: Auditório do Museu Universitário
Coordenação: Antonella Tassinari
Realização: NEPI – Núcleo de Estudos de Povos Indígenas e NESSI – Núcleo de Estudos sobre Saúde e Saberes Indígenas
Apoio: PPGAS/UFSC e INCT Instituto Brasil Plural

23 de novembro – quarta-feira
Horário: 14 hs | Exposição de pesquisas recentes
Mediação: Aldo Litaiff (UFSC)
Exposição: Suzana Cavalheiro (UFSC),
Diógenes Cariaga (UFGD), Diogo Oliveira
(UFSC), Eliton Seara (UFSC), Melissa
Oliveira (UFSC)

24 de novembro – quinta-feira
Horário: 9:30 hs | Defesa de Dissertação: Viviane
Vasconcelos
Horário: 14 hs | Exposição de pesquisas recentes
Mediação: Dorothea Post Darella (UFSC)
Exposição : Isabel de Rose (UFSC), Valéria
Barros (UFSC), Clarissa Melo (UFSC), Nadia
Heusi (UFSC), Marco Karaí Djekupé, Claire
Cottereau (UPPA/França), Eunice Antunes
(UFSC), Marcos Moreira (UFSC), Geraldo
Moreira (UFSC), Adão Antunes (UFSC)
Discussão: acadêmicos Guarani do Curso de
Licenciatura Intercultural

24 de novembro – quinta-feira
Horário: 18 hs | Lançamento do Livro KiringueArandua
Rupiguare/ As ideias das crianças

25 de novembro – sexta-feira
Horário: 9 hs | Balanço e conclusão sobre as pesquisas
recentes sobre os Guarani – Comentador:
Prof.Levi Marques Pereira (UFGD)

05 de dezembro – segunda-feira
Horário: 9:30 hs |Defesa de Dissertação: Diogo
Oliveira
Horário: 15 hs | Palestra: Prof. BartomeuMeliá:
“Teko porâ: formas do “bem viver” guarani,
memória e futuro”

Clique aqui para saber mais.

Museologias, Antropologias e Histórias

07/11/2011 07:35

Bibliografia do mini-curso:

Arantes, A.A. O patrimônio imaterial e a sustentabilidade de sua salvaguarda. Resgate, vol.13 (11-18), 2004.

Arizpe, L. Los debates internacionales em torno al patrimonio cultural inmaterial. Revista Cuicuilo vol.13/038 (13-27), 2006

Carneiro da Cunha, M.M. “‘Cultura’ e cultura: conhecimentos tradicionais e direitos intelectuais”. In: Cultura com aspas. São Paulo: Cosac & Naify (311-373), 2009.

Cesarino, P. N.“Donos e Duplos, relações de conhecimento, propriedade e autoria entre Marubo”, Revista de Antropologia 53(1), pp. 147-197, 2010.

Gallois, D.T.  Materializando saberes imateriais: experiências indígenas na Amazônia Oriental. Revista de Estudos e Pesquisas, FUNAI, Brasília, v.4, n.2, p.95-116, dez. 2007.

Lenclud, G. Qu´est ce que la tradition? in: Detienne, M. (org) Transcrire les mythologies. Albin Michel, Paris (25-43), 1994.

Macedo, V. As formas da cultura e os fluxos da vida. Prêmio Culturas Indígenas. Edição Angelo Cretã. São Paulo, SESC, 2007.

Saez, O. C. Prometeo de pie. Alternativas étnicas y éticas a la apropiación del conocimiento tradicional”, in: Zamudo, Teodora (org.) Derecho, Economia y Sociedad, Universidade de Buenos Aires, 2001.

Souza, M.S. C. A cultura invisível: conhecimento indígena e patrimônio imaterial, Anuário Antropológico/2009 – 1, (149-174), 2010.

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